1. Análise de política externa

Como os governos nacionais agem (ou deixam de agir) em questões internacionais? Esse é o foco de quem estuda a política externa. Se há tempos as análises se concentravam em guerra e paz, a política externa ganhou uma dimensão mais ampla, pois grande parte das políticas públicas (como saúde, direitos humanos e meio ambiente) passaram a ser afetadas por questões internacionais. Com ênfase na realidade brasileira, este livro apresenta de forma didática os fundamentos da Análise de Política Externa.

A Análise de Política Externa estuda o conjunto de políticas adotadas por um Estado em relação ao mundo exterior. Uma das diferenças da política externa em relação a outras políticas públicas é o fato de nenhum Estado exercer soberania ou estar acima dos outros, em termos formais, no âmbito internacional. Assim, a política externa lida com o ambiente onde o Estado tem menor capacidade relativa de controle do contexto em que atua. A expressiva elevação de fluxos comerciais, financeiros, materiais e humanos transformou os impactos transfronteiriços de questões nacionais e a própria dimensão do que se considera política externa. Problemas relacionados a padrões trabalhistas, saúde, direitos humanos, meio ambiente, corrupção, segurança pública, desastres naturais e outros desafios são comumente apreciados segundo suas respectivas implicações internacionais. Haroldo Ramanzini Júnior e Rogério de Souza Farias – ambos professores de Relações Internacionais da Universidade de Brasília – conceberam a obra como uma porta de entrada para as teorias e os conceitos mais básicos da disciplina de Análise de Política Externa.

Sobre a coleção: A coleção “Relações Internacionais” reúne manuais introdutórios essenciais para as disciplinas obrigatórias dos cursos de graduação e é coordenada por Antônio Carlos Lessa, professor titular da Universidade de Brasília. Voltados especialmente para estudantes, os livros são escritos em linguagem direta e acessível por grandes especialistas em cada tema. Além do curso de Relações Internacionais, as obras também são indicadas para Ciência Política, Sociologia, Direito e Comércio Exterior.

2. Pela democratização da política externa brasileira

O Brasil tem condições para assumir um papel central no cenário internacional do século XXI. Também pode contribuir para que ocorram as mudanças necessárias na atual governança global, em prol de seus interesses nacionais, assim como aqueles da sociedade internacional. Para isso é preciso que ocorra a democratização da área e que sejam criados processos eficientes e contemporâneos de formulação de política externa como política pública. É necessário, também, que haja uma melhor conexão dos recursos com as demandas sociais existentes e que se garanta maior transparência na prestação de contas. Esta obra é voltada a todos os atores sociais e governamentais com interesses na projeção internacional do Brasil, sobretudo, diplomatas, acadêmicos e estudantes de áreas afins.