Franz Uri Boas nasceu em Minden, Alemanha, em 1858 e faleceu em Nova York em 1942. É considerado o pai da Antropologia americana e referência básica em Antropologia Cultural. Influenciou muitos pesquisadores, dentre eles Ruth Benedict, Ruth Bunzel, Margaret Mead, Alfred L. Kroeber, Edward Sapir, Robert Lewie e o sociólogo brasileiro Gilberto Freyre. Sua primeira formação foi em Geografia, Física e Matemática. O encanto pela Antropologia só se deu após uma expedição geográfica ao norte do Canadá, mais especificamente a ilha de Baffin, entre os anos de 1883-1884, com a finalidade de estudar os efeitos de características geográficas sobre a cultura dos esquimós. Foi nesse contato prolongado com esse povo que seu interesse por estudar culturas se intensificou. Sua tese sobre a cultura dos esquimós rendeu-lhe o título de livre-docente em Geografia. Movido pelo interesse em Antropologia Cultural, fez uma expedição etnográfica à Colúmbia Britânica, em 1886, para estudar os nativos da costa noroeste, em especial o povo kwakiutl, que, posteriormente, tornou-se alvo sistemático de suas pesquisas. Migrou para os Estados Unidos, onde, em 1887, se naturalizou norte-americano. Foi professor na Universidade de Clark, Worcester, onde também chefiou o recém-criado departamento de Antropologia, vindo a renunciar de seu posto em 1892 alegando violação da liberdade acadêmica. Foi curador do Museu Field, de Antropologia, em Chicago, e professor de Antropologia Física na Universidade de Colúmbia (1899-1942), onde permaneceu até o fim de sua carreira. Nessa última universidade, além de professor e pesquisador, criou o primeiro Doutorado em Antropologia dos EUA.